Muitos homens heterossexuais chegam ao consultório do terapeuta Ian Kerner admitindo que escolheram seu parceiro sem considerar a atração sexual. Durante as sessões de terapia de casais, eles afirmam não saber por que não sentem desejo, mencionando o estresse, baixa testosterona ou ansiedade como possíveis causas. Porém, quando Kerner se encontra com eles individualmente, a história é diferente. Eles revelam ter escolhido suas companheiras sem priorizar a atração sexual. Por que alguém escolheria um parceiro sem sentir a centelha da atração? E será que essas relações podem sobreviver e prosperar? Kerner conversou com homens na casa dos 30 anos que afirmaram que a mulher que escolheram preenchia todos os requisitos, exceto a atração sexual. Esses homens não consideravam a atração sexual como uma qualidade relevante para um relacionamento duradouro. No entanto, a atração sexual é o que diferencia uma relação romântica de uma amizade platônica. A pesquisa mostra que, embora a atração física seja uma das características mais importantes desejadas em um parceiro romântico, ela não está no topo da lista para homens e mulheres. Traços como inteligência, humor, honestidade e bondade são considerados igualmente, senão mais, importantes. Alguns homens sentem a pressão de escolher uma parceira que seja “material de esposa” sem atração sexual, ao invés de esperar encontrar uma pessoa que seja um melhor ajuste emocional e sexual. A falta de atração sexual pode levar a problemas em um relacionamento, mas nem sempre é um problema para todos os casais. Alguns terapeutas argumentam que a atração sexual imediata não é necessariamente crucial, já que a atração pode crescer à medida que o casal se conhece e desenvolve uma maior proximidade e ligação. Para reacender a chama em um relacionamento, é importante que os parceiros sejam honestos um com o outro e descubram a melhor maneira de lidar com esse desafio específico. É possível que a falta de interesse sexual seja um reflexo de problemas de saúde, como baixos níveis de testosterona, e nesse caso, é recomendado procurar um médico. A honestidade e a comunicação aberta são fundamentais para manter a excitação sexual em longo prazo.

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