Especialistas em alterações climáticas têm insistido que ainda é possível alcançar a meta de 1.5 graus Celsius de aquecimento global até ao final do século, afirmando que as medidas necessárias são conhecidas e a tecnologia está disponível. No entanto, não há argumentação válida e sólida que comprove que essa meta é exequível e sustentável. De acordo com os relatórios do IPCC, o cenário de 1.5 graus Celsius corresponde a um aumento de temperatura que pode atingir um pico de 1.6 a 1.7 graus Celsius até 2060 e depois diminuir até ao limite de 1.5 graus em 2100. Para alcançar essa meta, é necessário alcançar a neutralidade carbónica até 2050 e implementar a tecnologia de captura de carbono com escala suficiente na segunda metade do século. No entanto, apenas alguns cenários que incluem a captura artificial de carbono garantem a meta de 1.5 graus. Existem diversas razões que impossibilitam essa meta, como o aumento das emissões de dióxido de carbono, a distribuição do dióxido de carbono na atmosfera, a redução da queima de carvão, o degelo do permafrost, a libertação do conteúdo térmico dos oceanos, a inércia do sistema climático e o aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera. Além disso, a resposta climática de transição indica que o aque