Será que somos um país honesto na gestão dos fundos europeus? A incerteza da dimensão da fraude.

Um estudo acadêmico realizado pelo think tank da Procuradoria-Geral da República (PGR) revelou que, entre 2007 e 2020, foram aprovadas mais de 314 mil operações de fundos estruturais em Portugal, mas apenas dois casos de fraude foram detectados. A procuradora Ana Carla Almeida afirmou no programa “Justiça Cega” que a resposta mais honesta à pergunta se somos um país de gente honesta é que não sabemos. O estudo demonstra que, se tudo permanecer como está, não será possível saber a dimensão real da fraude. A pesquisa foi conduzida por uma equipe de investigadores do ISCTE com o apoio da Universidade Nova SBE e teve como objetivo compreender o fenômeno da fraude durante a execução do QREN e PT2020. As conclusões do estudo levantam preocupações sobre a falta de transparência e controle na gestão dos fundos estruturais em Portugal. Ainda assim, é importante ressaltar que a maioria das operações aprovadas não apresentou indícios de fraude. A falta de detecção de casos de fraude pode indicar tanto uma baixa incidência de práticas fraudulentas quanto falhas no sistema de controle e fiscalização. É fundamental que sejam implementadas medidas eficazes para prevenir e combater a fraude na utilização de fundos estruturais no país.

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