Carlos Rodrigues, o diretor-geral da Cofina, voltou a comentar o Big Brother, e deixou uma nota ao qual partilho.
Basicamente, Carlos Rodrigues diz, «Afastar o Big Brother da sua essência é sujeitá-lo a um risco desnecessário, e poderá resultar, a prazo, na destruição do formato».
A estreia do Big Brother foi um sucesso. A TVI ganhou o dia, e obteve no horário nobre uma enorme vantagem sobre a concorrência.
Confirma-se a ideia de que o canal 4 só conseguirá dar luta à SIC com o Big Brother na antena de forma mais consistente. Esta consciência é um problema para a estação, porque o BB é um dos formatos mais caros do mundo.
Para liderar, a TVI terá que poupar noutras vertentes da operação televisiva para fazer este programa. Porém, chegou o momento em que a TVI terá de travar uma certa tendência para o abismo. Vejamos: historicamente, o BB é o reality show por excelência.
Quando apareceu, arrasou de tal forma o mercado que a generalidade das estações que compraram o modelo passaram a liderar nos seus países.
A resposta dos canais concorrentes foi semelhante em todo o lado: arranjar sucedâneos do Big Brother, outros reality shows que o pudessem combater com eficácia. São desse tempo as experiências como O Bar da TV, Acorrentados, Na Casa do Toy, entre outros. Todos fracassados, porque simplesmente não eram o BB.
Mais de 20 anos depois, é o próprio Big Brother que é desvirtuado, com mais casas, e situações demasiado complexas. Perdeu–se o sentido do entretenimento puro, que era criado por um conjunto de pessoas fechadas numa casa. Creio que esse movimento é um erro.
Afastar o Big Brother da sua essência é sujeitá-lo a um risco desnecessário, e poderá resultar, a prazo, na destruição do formato.