Aos 12 anos, Diana Ginja é um dos rostos da novela “A Herança” da SIC. Este último fim de semana foi convidada para uma entrevista no “Alta Definição” e revelou e episódios de bullying que enfrentou desde muito cedo. “Eu já não estava a aguentar mais e tive de contar [aos pais]. Batiam-me, era mais raro mas batiam-me, não sei porquê. Gozavam comigo, faziam-me cyberbullying pelo WhatsApp. (…) Colegas mandavam-me mensagens a falar mal dos meus pais, do meu cão, de tudo.
A comentar porque me tinha enganado num exercício da aula. Eu dizia à minha mãe que já não queria levar certas roupas para a escola. Os insultos dos outros ensinaram-me muito porque eu sei que não quero ser igual a eles (…) Eu não quero ser igual a essas pessoas. Tinha muita vergonha de falar. Tinha medo.
Chegava a acordar de noite, não queria ir para a escola. Cheguei a fingir que estava rouca, a dormir para não me levarem à escola. Diziam que eu não era capaz. Os meus pais sempre me disseram que eu era capaz de tudo e essas meninas disseram que eu não era capaz. Passei a acreditar nisso”, desabafou com a voz embargada, a menina que dá a vida a Pipa Novais.
Apesar das circunstâncias, encontrou força interior e escreveu o livro “Beliscaram a minha felicidade” e foi atrás do seu sonho da representação. “Toda a gente consegue realizar os seus sonhos desde que não fiquem sentados no sofá à espera que vá acontecer de um dia para o outro. Eu quando quis ser atriz, não fiquei no sofá. Eu lutei, disse às pessoas que queria ser atriz, por mais que muita gente me tenha dito ‘tu não vais conseguir’, eu consegui, eu estou aqui hoje”, disse Diana Ginja.