O governo nicaraguense apreende os ativos de uma universidade jesuíta acusada de atividades terroristas.

Uma universidade jesuíta na Nicarágua teve seus bens confiscados pelo governo do país, que alegou que a instituição era um “centro de terrorismo”. A Universidade da América Central (UCA), localizada na Nicarágua, foi um importante centro de protestos contra o governo do presidente Daniel Ortega em 2018. A UCA afirmou que a acusação de terrorismo é infundada e considerou a apreensão um golpe para a educação no país.

Até o momento, o governo da Nicarágua não confirmou a informação nem comentou a declaração dos jesuítas. A Companhia de Jesus, ordem jesuíta responsável pela universidade, afirmou ter recebido uma ordem judicial de apreensão que abrange todas as propriedades, edifícios e contas bancárias da instituição.

Essa ação contra a universidade jesuíta faz parte de uma série de medidas tomadas pelo governo da Nicarágua contra a Igreja Católica e figuras da oposição. Nos últimos anos, o país tem enfrentado uma crise política e social, com manifestações contra o governo de Ortega e denúncias de violações dos direitos humanos.

A apreensão dos bens da universidade representa um duro golpe para a educação no país, que já enfrenta diversos desafios. A UCA é uma das principais instituições de ensino superior da Nicarágua, reconhecida por sua qualidade acadêmica e compromisso social. A medida também é vista como uma forma de repressão e intimidação contra vozes críticas ao governo.

A comunidade internacional e organizações de direitos humanos têm manifestado preocupação com a situação na Nicarágua e pedido o respeito à liberdade de expressão e o fim da repressão contra opositores políticos e instituições independentes.

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