O caso de Madalena, de 10 meses, que morreu esta terça-feira após ter ficado esquecida pelo pai dentro do carro no estacionamento da Faculdade de Ciências e Tecnologia, no Monte de Caparica, em Almada, não é caso único. Em maio de 2021, o País ficou em choque com a morte trágica de Maria Pilar, de 2 anos, que ficou esquecida pela mãe dentro da viatura, no centro de Lisboa. A gestora, de 40 anos, saiu de casa de manhã para deixar os três filhos na creche, mas apenas deixou os irmãos mais velhos, na altura com cinco e sete anos. A bebé, que estava numa cadeirinha colocada atrás do banco do condutor, ficou esquecida quando a mãe regressou a casa, onde estava em teletrabalho. Foi uma funcionária que alertou a mulher para o facto de a menina não estar na creche. Anos antes, em março de 2009, João, um bebé de 9 meses, ficou também esquecido pelo pai, programador informático, fechado dentro do carro em Aveiro. O menino devia ter sido entregue no berçário, o quatro metros do local de trabalho do pai, mas tal não aconteceu. O bebé dormia no banco traseiro e o alerta só foi dado quando uma funcionária do berçário estranhou o atraso da criança. Em maio de 2005, no Montijo, um menino de 19 meses morreu após ficar duas horas ao sol num carro. Ainda foi transportado ao hospital mas não sobreviveu. Ao que tudo indica, um mal-entendido entre familiares, sobre quem deveria ter ido buscar o bebé, teve um resultado fatal para o menino, esquecido no interior da viatura. Um ano antes, Renato, de apenas quatro meses, morreu asfixiado dentro da carrinha da mãe. A mulher tinha deixado o bebé na carrinha, a dormir, enquanto retirava a mercadoria da Ford Courier de dois lugares. Passados cinco minutos pediu à empregada para ir ver o bebé, porque queria dar-lhe de mamar. Quando esta chegou ao carro encontrou a alcofa tombada no chão. Rapidamente voltou à loja para ir buscar as chaves. Ao abrir a viatura apercebeu-se que a criança já não dava sinais de vida.