Sindicatos e Ministério da Saúde estiveram reunidos numa nova ronda negocial extraordinária, mas não chegaram a acordo sobre matérias como a nova grelha salarial e o novo regime de dedicação plena. Assim, os sindicatos mantêm as greves agendadas para setembro e novembro. De acordo com a proposta final da tutela, os médicos especialistas que trabalham em hospitais terão aumentos salariais imediatos. A remuneração de entrada passará de 2.863,21 euros/mês para 3.780,31 euros/mês. Os médicos em dedicação plena terão um horário de 35 horas semanais, a que acrescem cinco horas, e um aumento salarial de 33%. Para os médicos internos, os aumentos salariais propostos variam entre 3% e 9,8%, dependendo do ano de especialidade. Nos cuidados de saúde primários, a dedicação plena será aplicada a todos os médicos integrados nas Unidades de Saúde Familiar (USF), com um regime de remuneração associado ao desempenho. A proposta final acaba com as quotas para a passagem das USF modelo A e UCSP para as USF modelo B. Os médicos das USF modelo B terão um aumento de 12,7% no salário base, além dos suplementos e do montante associado ao desempenho. Os aumentos salariais propostos somam-se às valorizações remuneratórias transversais à Administração Pública, previstas no Acordo Plurianual de Valorização dos Trabalhadores da Administração Pública. As negociações entre sindicatos dos médicos e Governo têm sido inconclusivas e uma nova reunião negocial extraordinária está marcada para terça-feira.