Perigo de incêndio vai ter valores elevados, todos têm que se preparar para o verão

Com a chegada dos meses mais quentes, o calor e a ausência de chuva são preocupações constantes em Portugal, especialmente no que diz respeito ao risco elevado de incêndio. De acordo com as previsões meteorológicas, este ano não será exceção.

Os meses de maio, junho e julho são tradicionalmente marcados por temperaturas elevadas e pouca precipitação, o que pode aumentar o risco de incêndios florestais em todo o país. Para além disso, a secura dos solos, a vegetação seca e a ação humana negligente contribuem para a propagação rápida e perigosa do fogo.

As autoridades estão alerta e têm já em curso medidas preventivas para minimizar os efeitos dos incêndios. Campanhas de sensibilização, reforço da vigilância, aumento do número de equipas no terreno e a preparação de meios aéreos são algumas das medidas que estão a ser implementadas.

No entanto, a prevenção não é suficiente e é fundamental que todos os cidadãos estejam conscientes do papel que podem desempenhar na prevenção e combate aos incêndios. É importante seguir as recomendações das autoridades, não lançar foguetes, fogueiras ou fazer queimadas, não deixar lixo no meio da floresta e estar alerta para qualquer comportamento suspeito.

 

Todos os anos, os incêndios florestais causam danos irreparáveis ao património natural e cultural de Portugal, bem como perdas humanas e materiais. É responsabilidade de todos contribuir para a proteção e preservação do ambiente e do país que nos rodeia.

Presidente do IPMA Miguel Miranda salientou que o perigo de incêndio vai ter valores elevados, destacando que todos têm de se preparar para o verão e balancear economia com a vida dos cidadãos.

“A situação não é de dramatismo, temos de ver as coisas com serenidade, mas com antecipação. Desde fevereiro que temos pouca precipitação. A probabilidade de precipitação daqui até ao verão é baixa e, portanto, vamos ter tensão em muitas áreas, no ambiente, no abastecimento, nas barragens, nos fogos. É muito importante que se compreenda agora que vamos ter uma maratona e não uma corrida de 100 metros para chegarmos a setembro, outubro melhor do que no ano passado”, disse.

“Tem de se avançar com medidas estruturais. Não podemos deixar para o fim para implementar medidas que envolvem políticas, mas também [comportamentos] dos cidadãos”, disse.

 

É responsabilidade de todos contribuir para a proteção e preservação do ambiente e do país que nos rodeia.