David vs Golias: Será possível uma nanopartícula vencer tumores cerebrais?

Quando perguntada sobre sua infância, Diana Matias descreve-se como uma criança agitada e inventiva, que sempre arranjava novas travessuras para fazer. Uma memória engraçada que ela compartilha é de quando os colegas tinham borrachas manchadas de tinta de caneta, e ela dizia que aquilo era um tumor, removendo as manchas com tesoura ou estilete. De forma profética, essa curiosidade a levou a estudar tumores cerebrais, especialmente os gliomas, que são agressivos e têm um prognóstico ruim. Diana acredita que os cientistas têm uma paixão especial que os motiva a estudar determinados assuntos, e para ela, são os gliomas. Ela considera esses tumores aterrorizantes e fascinantes, e acredita que compreender sua biologia é fundamental para identificar novos alvos terapêuticos e desenvolver tratamentos eficazes.

A paixão de Diana pela pesquisa em tumores cerebrais começou por acaso. Após concluir sua graduação em Bioquímica na Universidade de Évora, ela conseguiu uma bolsa para estudar no Brasil e aprender mais sobre doenças do sistema nervoso central. Porém, a pesquisadora que deveria recebê-la estava de licença maternidade e a encaminhou para o cientista Vivaldo Moura-Neto, que trabalhava com tumores cerebrais, incluindo gliomas.

Diana Matias destaca que os gliomas são tumores agressivos, rápidos e silenciosos, e que nos últimos anos não houve muitos avanços nos tratamentos disponíveis. Por isso, ela está empenhada em estudar e compreender a biologia desses tumores para desenvolver terapias mais eficazes. Sua paixão pela pesquisa em tumores cerebrais é evidente em suas palavras, e ela está determinada a contribuir para avanços significativos nessa área.

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