Covid-19: Faltar ao trabalho e fazer teste obrigatório? Um guia essencial para lidar com a infeção

O número de infetados com covid-19 tem aumentado em Portugal devido às novas variantes mais contagiosas que estão em circulação. O presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, Gustavo Tato Borges, explicou em entrevista à CNN Portugal as medidas recomendadas pela Direção-Geral de Saúde (DGS) e o que fazer em caso de suspeita de infeção ou teste positivo para o Sars-Cov-2.

Atualmente, não há medidas em vigor para isolamento ou realização de testes para quem está com covid-19 ou teve contato com uma pessoa infectada. Uma pessoa contaminada não é obrigada a ficar em isolamento nem precisa reportar sua situação ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). Da mesma forma, quem teve contato com uma pessoa infectada não precisa fazer teste de despiste do SARS-CoV-2.

No entanto, é recomendado que as pessoas contaminadas ou com sintomas de infeção respiratória usem máscara, façam a desinfeção das mãos, mantenham o distanciamento físico e promovam a ventilação natural dos espaços. As crianças também devem utilizar máscara nas escolas para evitar o risco de contágio.

As pessoas infectadas podem ir trabalhar seguindo as recomendações da DGS. As faltas justificadas por contaminação do vírus não existem mais, mas as baixas por covid-19 passaram a ser pagas, assim como as baixas médicas por outras doenças.

Os testes rápidos antigénio e testes PCR não são mais comparticipados pelo Estado. A população precisa comprar esses testes em estabelecimentos próprios, como farmácias.

Uma das últimas normas estabelecidas pela DGS é a campanha de vacinação sazonal que começou em setembro, em simultâneo com a vacinação da gripe. A administração da vacina contra a covid-19 deve ser feita com um intervalo mínimo de três meses em relação à infeção ou à última vacinação.

Os casos de covid-19 têm aumentado desde o final de julho, mas atualmente estão se estabilizando. É necessário ter cuidado, especialmente com as pessoas mais vulneráveis, como idosos, grávidas, crianças com menos de dois anos e indivíduos não vacinados.

Existem duas novas variantes mais contagiosas, mas os especialistas afirmam que a maioria da população está protegida e que não é motivo para alarme. É importante estar atento e seguir as medidas de prevenção.

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