Comandante da GNR de Setúbal e três militares acusados de homicídio no exercício de funções: uma história chocante e polêmica.

Um comandante da GNR e três militares da mesma força policial foram acusados pela morte de um homem de 62 anos, com um tiro, em dezembro de 2021, avança a CNN Portugal. Os quatro militares são acusados de homicídio por negligência e mantêm-se em funções a aguardar julgamento. Entre eles está o comandante do Comando Territorial da GNR de Setúbal que liderou a operação de perseguição a um suspeito no Pinhal Novo, em Palmela, no final de 2021.

A vítima reagiu com tiros de caçadeira quando a GNR se preparava para fazer uma busca, fugiu e na operação de captura ouviram-se seis a sete tiros, alguns dos quais atingiram o homem, que acabou por morrer. Os militares envolvidos na operação alegaram ter agido em legítima defesa, mas o Ministério Público considera, agora, que tinham outros meios para parar o suspeito.

“Após a advertência clara e inequívoca para largar a arma, [o homem] não acatou a ordem, mantendo-se assim como uma ameaça iminente para a vida dos militares”, descreve-se no comunicado emitido pela força policial há dois anos. Alegava ainda que “foi necessário os militares recorrerem à utilização de arma de fogo, em legítima defesa, tendo atingido o suspeito de forma a neutralizar a ameaça”.

O suspeito foi assistido de imediato por elementos da Equipa de Resposta à Crise do INEM, que se encontravam a apoiar a ação da GNR, e pelos Bombeiros Voluntários do Pinhal Novo, mas não resistiu aos ferimentos e acabou por morrer no local.

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