Associação do Norte solicita medidas imediatas para evitar o desalojamento de famílias

A Associação de Inquilinos do Norte de Portugal (AICNP) pediu ao governo medidas urgentes para evitar que mais famílias fiquem sem casa. A advogada Alexandra Cachucho, representante da associação, afirmou que é necessário fazer algo além do programa Mais Habitação do governo, e que medidas temporárias também devem ser tomadas. Alexandra Cachucho destacou duas grandes preocupações da AICNP: as dificuldades financeiras enfrentadas pelas famílias e a falta de habitação. Segundo ela, essas preocupações foram compartilhadas pela ministra da Habitação, Marina Gonçalves, que prometeu outra reunião em breve.

A associação tem registrado um aumento na procura por ajuda e no número de associados, bem como no número de consultas semanais oferecidas para auxiliar os associados. Alexandra Cachucho ressaltou que muitas pessoas estão em situação de incumprimento em relação aos senhorios, mas não conseguem entregar os imóveis porque não há opções disponíveis no mercado habitacional. Ela também destacou que o aumento da procura por habitação não tem sido acompanhado pelo aumento da renda das famílias, o que causa uma grande desproporção entre oferta e procura.

A AICNP participou de uma reunião no Ministério da Habitação juntamente com a Associação dos Inquilinos Lisbonenses (AIL). O secretário-geral da AIL, António Machado, também expressou preocupação com a sustentabilidade dos inquilinos diante do aumento dos valores das rendas. O Parlamento aprovou novamente o programa Mais Habitação, com algumas alterações, após o veto do Presidente da República. O programa inclui medidas como suspensão do registo de novos alojamentos locais fora de áreas de baixa densidade, contribuição extraordinária sobre esse tipo de negócio e o arrendamento forçado de casas devolutas há mais de dois anos.

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