O diretor-geral da Reinserção e Serviços Prisionais, Rui Abrunhosa, expressou surpresa com o número de reclusos beneficiados pela amnistia durante a visita do Papa a Portugal. Mais de 160 pessoas foram libertadas das prisões como parte desta medida. Abrunhosa admitiu que não esperava que tantos reclusos fossem libertados e afirmou que mais saídas estão previstas até o final do ano. A lei do Governo que estabelecia o perdão de penas e amnistia de infrações praticadas por jovens durante a Jornada Mundial da Juventude abrangia crimes e infrações praticados até 19 de junho por jovens entre 16 e 30 anos. No entanto, crimes como homicídio, violência doméstica e tráfico de influência foram excluídos do perdão e amnistia. Abrunhosa afirmou que atualmente há cerca de 12.500 reclusos nas prisões e negou a ideia de sobrelotação generalizada, embora admita que alguns estabelecimentos possam estar lotados. Durante a pandemia de Covid-19, mais de 2.000 reclusos foram libertados, dos quais apenas 21,6% voltaram a cometer crimes. Atualmente, cerca de 30.000 pessoas cumprem pena na comunidade com penas alternativas. Abrunhosa defende que o Governo deve investir no reforço de guardas prisionais e profissionais dos centros educativos para garantir a disponibilidade de pessoal nos próximos anos. Ele também ressaltou a importância de reduzir o número de reclusos para economizar recursos financeiros.