César de Barata, mais conhecido como “César de Jesus”, é acusado de enganar os fiéis de uma paróquia do Fundão com serviços de exorcismo.
César tem apenas 32 anos, mas tem já uma longa história de vida lidada a burlas. César estudou no seminário do Fundão e há oito anos foi acusado de se fazer passar por padre católico. É sacerdote da Igreja Católica Ortodoxa Hispânica, uma igreja recente, que acumula já um vasto património, e é acusado por vários fiéis de os enganar com serviços de exorcismo.
“Fui enganada. Disse-me que ia fazer com que o meu marido voltasse para casa. Pediu-me para mandar rezar dez missas, comprar 15 velas e levar dois garrafões de azeite. Não tinha tanto dinheiro, mas mesmo assim dei-lhe o que tinha. A minha amiga comprou o meu azeite e o meu marido nunca voltou”, conta uma idosa, com cerca de 70 anos, indignada.
O padre admite ser exorcista, mas desmente qualquer burla. “Sou exorcista, mas só faço o bem. Nunca prometi coisas, não lanço cartas nem prevejo o futuro. São as pessoas que falam mal de mim”, garante.
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No entanto, o padre não consegue explicar a quem pertence o vasto património da igreja, constituído por vários carros, terrenos, casas e ainda duas igrejas.
O padre dá missas de madrugada, às 3h00, uma hora que considera “mais diabólica”. Diz que é católico e ortodoxo, uma contradição, mas garante que pode ser as duas coisas.