Ângelo Rodrigues foi convidado do programa “Alta Definição” deste sábado, 16 de setembro, na SIC. Em 2019, o ator esteve internado durante dois meses no Hospital Garcia de Orta, em Almada, devido a uma infeção generalizada provocada por injeções de testosterona nas nádegas e chegou a ser dado como morto. “Nas duas primeiras semanas fui proibido de aceder a telemóveis, a revistas, até por exemplo a televisão. Se estava a dar um programa da manhã, os enfermeiros vinham logo lá desligar, porque ficavam com medo que se falasse alguma coisa de mim e aquilo tivesse repercussões no meu ânimo”, recordou em conversa com Daniel Oliveira. “Durante esses dois meses não vi absolutamente nada do que foi escrito e do que foi dito. Só quando saí do hospital e aconteceu uma coisa caricata, curiosa. Foi como se eu assistisse ao meu funeral digitalmente. Quando uma pessoa falece, muitas pessoas escrevem uma boa experiência que tiveram com essa pessoa. A notícia da minha morte apareceu, eventualmente, no período em que estive internado. Quando saí pude ver essas mensagens, esses pêsames. Foi como se eu assistisse ao meu funeral digital e como se eu tivesse um spoiler do que vai acontecer quando, de facto, morrer”, acrescentou. “Sentir que quase 15 anos de carreira foram reduzidos a um ato é de um desalento enorme. Ver como isso foi aproveitado de forma escabrosa. Foi muito impactante, muito violento, senti-me massacrado. Não era de todo a atenção que eu queria para mim”, lamentou.