Joana Figueira assume depressão

Nesta sexta-feira, Joana Figueira marcou presença no programa “Dois às 10” da TVI e recordou que ainda recuperar de um esgotamento, depois de mudar-se para o Alentejo para cuidar da mãe que estava diagnosticada com demência. “Eu não estou bem. Não é disfarçar, até é bom que falemos sobre isto para desmistificar um bocadinho que as pessoas deprimidas têm de estar sempre a chorar, com uma cara carrancuda… Não, de todo. Às vezes, as pessoas que mais riem são as que podem estar em pior estado.

Eu não estou bem. Passei por um processo muito complicado. Não pude viver tudo aquilo que deveria, porque nós não devemos recusar as nossas emoções, fazemos mal quando mandamos as coisas para trás das costas e depois mais tarde elas aparecem de outra forma”, diz a atriz de 54 anos.

Com muita mágoa, confidenciou ao Cláudio ramos que está afastada do meio artístico há mais de 10 anos. “Não pude ficar triste, não pude ficar revoltada. Não pude ficar nada, porque tive de me manter firme e hirta para puder cuidar da minha mãe, porque se me fosse abaixo, as coisas não correriam bem, certamente. Eu desisti de ter família. Chamo família ao meu pai e à minha mãe, não somos obrigados a gostar dos nossos familiares, de todo, e portanto, não quero ter esse vínculo com mais ninguém. (…) Às vezes sinto-me um bocadinho sozinha, por muito que os meus amigos me digam que estão ali”, considerando somente o pai e a mãe como família.