Os médicos internos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) iniciam uma greve de dois dias convocada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM) para exigir melhores salários e valorização profissional para progressão na carreira. Esta paralisação inclui médicos em pós-formação para obtenção da especialidade e faz parte de uma série de greves promovidas pelo SIM até setembro. O sindicato reivindica uma grelha salarial adequada para todos os médicos.
De acordo com o SIM, os médicos internos representam um terço dos clÃnicos do SNS e trabalham 40 horas por semana. Recebem salários baixos, fazem horas extras remuneradas e não remuneradas, e em alguns casos são escalados como especialistas. Além disso, têm que pagar do próprio bolso pela sua formação, apesar da obrigação legal do Estado/SNS de assegurá-la. O SIM defende a integração do internato médico no primeiro patamar da carreira médica.
A greve dos médicos internos acontece num momento em que a saúde em Portugal enfrenta vários desafios, incluindo a falta de recursos humanos e infraestruturas adequadas. Esta paralisação pode afetar o funcionamento dos hospitais e o acesso dos utentes aos cuidados de saúde. O governo e o Ministério da Saúde têm sido pressionados a tomar medidas para resolver as questões levantadas pelos médicos e garantir um sistema de saúde de qualidade para todos os cidadãos.