A reunião entre os sindicatos médicos e o Ministério da Saúde, que estava inicialmente marcada para o dia 11 de setembro, foi antecipada para o dia 7, com o objetivo de acelerar as negociações e fechar este assunto. O objetivo é publicar os diplomas e permitir que os médicos comecem a receber mais nas Unidades de Saúde Familiar (USF) ou adiram ao novo regime de dedicação plena ainda este ano.
No entanto, os sindicatos médicos não têm grandes expectativas de alcançar um acordo. Segundo o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Jorge Roque da Cunha, a proposta de aumento salarial de 1,6% apresentada pelo Governo é claramente insuficiente e não é aceitável para todos os sindicatos. Além disso, a proposta do Governo em relação ao novo regime de dedicação plena também está longe de merecer o acordo do sindicato.
A presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), Joana Bordalo e Sá, considera que a antecipação da reunião é irrelevante, uma vez que já estão há 16 meses em negociações e nada está a ser feito para resolver o processo. A FNAM apresentou oito propostas que estão em cima da mesa, mas até agora não tiveram resposta do outro lado.
Apesar das expectativas baixas, os sindicatos médicos vão estar presentes na reunião. No entanto, a FNAM convocou uma caravana nacional de protesto e uma greve nacional entre 14 e 15 de novembro, como forma de pressionar o Ministério da Saúde. O SIM também está a realizar uma série de greves em várias modalidades e regiões.
