O diácono José Manuel Vaz, assistente para a juventude das dioceses de Cabo Verde, afirmou à Lusa que irá fazer um balanço da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) antes de se pronunciar. No total, 913 cabo-verdianos viajaram para a JMJ, e as estruturas religiosas do país fizeram uma triagem para evitar que a viagem tivesse como objetivo emigrar para a Europa. A organização da JMJ falou claramente com os peregrinos, avisando que aqueles que não regressassem a Cabo Verde seriam repatriados. No entanto, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) anunciou que quase 200 peregrinos cabo-verdianos e angolanos não compareceram num dos momentos da agenda. O cardeal cabo-verdiano, Arlindo Furtado, afirmou que não ficaria escandalizado se alguns cabo-verdianos ficassem em Lisboa após a JMJ, mas confiava na palavra dos jovens que prometeram regressar. Antes da partida para Portugal, o Presidente cabo-verdiano pediu aos participantes para representarem o país com dignidade e alegria e para voltarem inspirados a ajudar a sociedade a ser mais fraterna. As principais cerimónias da JMJ ocorreram no Parque Tejo, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures, e no Parque Eduardo VII, no centro da capital.