Centenas de manifestantes protestaram em Lisboa contra o abate de sobreiros em Sines. Os manifestantes partiram do topo do Parque Eduardo VII em direção ao Ministério do Ambiente, cantando uma música adaptada para incluir a letra “vamos salvar os sobreiros”. A declaração do Ministério do Ambiente de “imprescindível utilidade pública” do parque eólico de Morgavel, que autoriza o abate de 1.821 sobreiros, foi o motivo do protesto. O grupo de cidadãos “Vamos salvar os sobreiros” criticou as medidas compensatórias propostas pela EDP e aceites pelo Governo, considerando-as uma “falácia”. O promotor do protesto afirmou que as árvores em causa estão saudáveis e que há pessoas que vivem da cortiça que elas produzem. O grupo está aconselhando-se com advogados para avançar com o caso para tribunal e admite adotar ações de desobediência civil pacífica para impedir o abate das árvores. Vários grupos ambientalistas também apoiam o grupo de cidadãos e consideram que uma transição energética que destrói a natureza é uma incoerência. Durante o protesto, os manifestantes plantaram um pequeno sobreiro em frente ao Cinema São Jorge. Esta foi a segunda manifestação organizada pelo grupo “Vamos salvar os sobreiros”. A primeira concentração ocorreu em 15 de agosto na praia de Morgavel, em Sines.

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